segunda-feira, 5 de novembro de 2012


INTERROGATÓRIO- UM TIPO DE GÊNERO TEXTUAL

Há portanto diferentes gêneros textuais. Nos  exemplos  abaixo podemos destacar  textos que mostram um gênero que é o de um interrogatório.

 

INTERROGATÓRIO MUDA O RUMO DAS INVESTIGAÇÕES

 

No dia de hoje, na delegacia de polícia do bairro Nova Granada, está sendo aguardado com muito interesse o depoimento de Maria José do Nascimento, sobre o assassinato de um figurão político da cidade que apareceu morto à frente de sua casa, em 16 de outubro de 2012.

Tem-se noticia de que mudará sua versão. Segundo disse anteriormente ela não teria visto nenhum suspeito e nem tinha idéia de como aquilo teria acontecido.

Surgiram novas evidências e ela foi convocada a prestar novas declarações.

O Sr. Wilson, Delegado de Polícia, está muito confiante de poder decretar a prisão preventiva do assassino e solucionar o caso.

Os jornalistas de plantão estão esperando um desfecho para o caso que abalou a pequena cidade de Florestinha, no interior do Paraná.

De repente, o Sr. Delegado chega com D. Maria José do Nascimento, algemada.

Todos ficam estupefatos com a cena.

Dr. Wilson fala com todos e diz: D. Maria José confessou o crime. E descreve o interrogatório:

-A Sra estava em casa no momento dos tiros?

Ela calmamente diz: que estava em casa, acordada, já tinha tomado o café, e escovado os dentes, isso bem de manhã. Estava ainda de roupão, quando viu pela janela O Sr. José Benino discutindo com seu esposo.

-E o que mais?

Ela prosseguiu: Não pensei duas vezes , entrei no quarto e lá na caixa de sapato estava a arma (um 38.) de meu marido, bem no alto do guarda roupa. Estava carregada.

- No depoimento anterior, a senhora não mencionou a arma. Tinha dito que ouviu dois tiros, á porta de sua casa., e se dirigiu rapidamente a abrir a porta e encontrou o Sr. José Benino morto, e chamou a polícia. Então conte  como foi.

-É , contei uma outra história. Mas a verdade é que saí transtornada e acabei atirando no José, dei 2 tiros.

-O que fez com a arma?-

-Ela disse que escondeu a arma no quartinho de despejo, numa caixa de ferramentas. Está lá ainda.

E o por quê?

- Ele estava prestes a contar para meu marido do nosso caso, de muitos anos.Estou há quase 15 dias sem poder dormir, isso não sai de minha cabeça e meu marido que não sabia o motivo da minha atitude vai ficar sabendo agora. Não aguento mais.

 

É mais um caso de crime passional. Tristeza para as duas famílias envolvidas na pequena cidade de Florestinha.

 

(escrito por Cleuza Maria Martins)
 

 

 

 

INTERROGATÓRIO. Ficha criminal

 
- Sr. Francisco?

- Sim senhor, sou eu.

- Por favor, conte nos como foi.

- Então doutor moro eu e minha esposa, somos idosos, tenho 84 anos. Ao abrir a porta da minha residência no domingo pela manhã, vi uma caixa grande preta e fechada.

- E o que o senhor fez ? chamou a polícia?

- Lamento senhor, como não posso dirigir, corri para a sala, peguei o telefone e liguei para meu filho , que é advogado mais do que depressa veio e não mexeu no pacote, pois era grande e pesado, ai ligamos para a polícia fazendo uma denúncia sobre o fato ocorrido.

- A polícia compareceu rapidamente ao local do fato?

- Sim, senhor.

- Então, conte como foi, por favor.

- A policia, doutor abriu o pacote e viu que era um cadáver. Acompanhamos tudo doutor delegado.

- Certo senhor Marcos, vamos continuar investigando, até identificar o que houve, de fato.

- Senhor Marcos, conhece o cadáver? Sabe de algo a respeito?

- Sim, senhor é o meu vizinho.

- Algo mais, o senhor sabe sobre vítima?

- Não, senhor, nada. Posso me retirar senhor delegado?

- Sim, senhor Marcos, a investigacão vai continuar, o senhor será chamado novamente para novos depoimentos, juntamente com seu pai.

-Sim, senhor, boa tarde doutor delegado.

- Boa tarde.

(escrito por Maria Lucia Pelegrini)

 

 

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