INTERROGATÓRIO- UM TIPO DE GÊNERO TEXTUAL
Há portanto diferentes gêneros textuais. Nos exemplos
abaixo podemos destacar textos
que mostram um gênero que é o de um interrogatório.
INTERROGATÓRIO MUDA O RUMO DAS
INVESTIGAÇÕES
No dia de hoje, na delegacia de polícia do bairro Nova Granada, está
sendo aguardado com muito interesse o depoimento de Maria José do Nascimento,
sobre o assassinato de um figurão político da cidade que apareceu morto à
frente de sua casa, em 16 de outubro de 2012.
Tem-se noticia de que mudará sua
versão. Segundo disse anteriormente ela não teria visto nenhum suspeito e nem
tinha idéia de como aquilo teria acontecido.
Surgiram novas evidências e ela foi
convocada a prestar novas declarações.
O Sr. Wilson, Delegado de Polícia, está
muito confiante de poder decretar a prisão preventiva do assassino e solucionar
o caso.
Os jornalistas de plantão estão
esperando um desfecho para o caso que abalou a pequena cidade de Florestinha,
no interior do Paraná.
De repente, o Sr.
Delegado chega com D. Maria José do Nascimento, algemada.
Todos ficam estupefatos com a cena.
Dr. Wilson fala com todos e diz: D.
Maria José confessou o crime. E descreve o interrogatório:
-A Sra estava em casa no momento dos
tiros?
Ela calmamente diz: que estava em casa,
acordada, já tinha tomado o café, e escovado os dentes, isso bem de manhã.
Estava ainda de roupão, quando viu pela janela O Sr. José Benino discutindo com
seu esposo.
-E o que mais?
Ela prosseguiu: Não pensei duas vezes ,
entrei no quarto e lá na caixa de sapato estava a arma (um 38.) de meu marido,
bem no alto do guarda roupa. Estava carregada.
- No depoimento anterior, a senhora não
mencionou a arma. Tinha dito que ouviu dois tiros, á porta de sua casa., e se
dirigiu rapidamente a abrir a porta e encontrou o Sr. José Benino morto, e
chamou a polícia. Então conte como foi.
-É , contei uma outra história. Mas a
verdade é que saí transtornada e acabei atirando no José, dei 2 tiros.
-O que fez com a arma?-
-Ela disse que escondeu a arma no
quartinho de despejo, numa caixa de ferramentas. Está lá ainda.
E o por quê?
- Ele estava prestes a contar para meu
marido do nosso caso, de muitos anos.Estou há quase 15 dias sem poder dormir,
isso não sai de minha cabeça e meu marido que não sabia o motivo da minha atitude
vai ficar sabendo agora. Não aguento mais.
É mais um caso de crime passional.
Tristeza para as duas famílias envolvidas na pequena cidade de Florestinha.
(escrito por Cleuza Maria Martins)
- Sr. Francisco?
- Sim senhor, sou eu.
- Por favor, conte nos como foi.
- Então doutor moro eu e minha esposa, somos idosos, tenho 84 anos. Ao
abrir a porta da minha residência no domingo pela manhã, vi uma caixa grande
preta e fechada.
- E o que o senhor fez ? chamou a polícia?
- Lamento senhor, como não posso dirigir, corri para a sala, peguei o
telefone e liguei para meu filho , que é advogado mais do que depressa veio e
não mexeu no pacote, pois era grande e pesado, ai ligamos para a polícia
fazendo uma denúncia sobre o fato ocorrido.
- A polícia compareceu rapidamente ao local do fato?
- Sim, senhor.
- Então, conte como foi, por favor.
- A policia, doutor abriu o pacote e viu que era um cadáver.
Acompanhamos tudo doutor delegado.
- Certo senhor Marcos, vamos continuar investigando, até identificar o
que houve, de fato.
- Senhor Marcos, conhece o cadáver? Sabe de algo a respeito?
- Sim, senhor é o meu vizinho.
- Algo mais, o senhor sabe sobre vítima?
- Não, senhor, nada. Posso me retirar senhor delegado?
- Sim, senhor Marcos, a investigacão vai continuar, o senhor será
chamado novamente para novos depoimentos, juntamente com seu pai.
-Sim, senhor, boa tarde doutor delegado.
- Boa tarde.
(escrito por Maria Lucia Pelegrini)
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